segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

"As Bruxas de Salém" Reflexões e Paranóias

Esse texto não passará de uma reflexão de uma pobre criatura sem leitores, embreagada de sono às 02:43hr da manhã, que assistiu o filme "As Bruxas de Salém" e ficou entrigada, portanto estou de licença poética pra cometer um erro crasso, pra usar vícios de linguagem ... enfim, pra ser eu mesma sem métrica, sem rima, fora do caderno de caligrafia.
Eu fico espantada, como o medo consegue levar os seres humanos à completa servidão. A Igreja, por todo medievo, foi um cabresto que alimentou os piores pesadelos e os maiores medos. Até porque espíritos e demônios, são invisíveis... e portanto, a culpa de todos os males inexplicáveis àquela época era jogada nos demônios. Pobres demônios! Tão ocupados com os humanos, tão preucupados em acabar com suas vidas ... a eterna luta por almas, entre deus e o demônio.
Tirando essa incoerência, eu concordo tanto com o Montaigne em certos aspectos! Ele disse no seu livro Ensaios, que a mentira afrouxa os laços sociais, porque a palavra é o único instrumento através do qual entendemos desejos e sentimentos uns dos outros. Nesse filme, muitas pessoas são mortas por causa de superstição, medo, e de uma grande mentira que foi se enrolando em uma teia. A mentira, de fato é odiável, e destrói a confiança, destróis vidas. Tenho raiva de mentirosos, mas pessoalmente eu sempre acredito em todos. Sou facilmente enganada, não desconfio de ninguém e nunca recuso ajuda ou consolo, mesmo que descubra depois ser uma mentira.
Esse filme é baseado num fato real, que matou muitas pessoas, porque uma negra contou à moças brancas católicas medrosas cegas pela fé, sobre sua religião vudu na África. As moças ficaram tão impressionadas que tiveram pesadelos, adoeceram, e a culpa foi toda pros demônios que estavam lá no inferno jogando pôquer e tomando uma gelada.Mais de 20 pessoas foram mortas por isso... acusadas de feitiçaria.
Feitiçaria seria temível já que não há como se proteger ou se defender de um espírito. Só não entendo como o pessoal daquela época, com uma fé tão grande e um teocentrismo tão inquestionável... podia cogitar que o grande deus poderoso não os protegeria das bruxas.
O quanto será que pesa o fardo de levar pessoas à forca? Ou será que pensavam estar ajudando e expurgando o mal do mundo?
Agora já são 03:02hr, e meu cérebro recusa-se a processar mais informação. Ele produz mais em liberdade, menos quando o questiono e o obrigo a trabalhar.
Ninguém vai ler mesmo, em todo caso... não gostei desse filme.

3 comentários:

  1. Eu li...
    Você não gostou do filme ou da "realidade" retratada por ele. Além daquilo que você sabiamente apontou, há uma questão importante relacionada à caça às bruxas, o interesse nos bens alheios. Os acusados de bruxaria e suas famílias ficavam estigmatizados e, temendo o pior, abandonavam suas vilas frequentemente às pressas, deixando seus bens. As bruxas, "velhas" solitárias e conhecedoras de chás e outras beveragens terapêuticas, não raramente eram viúvas sem companhia de filhos. Seus bens, uma casa, um terreno, geralmente tornavam-se posse daqueles que descobriam suas práticas heréticas. O fanatismo, portanto, era instrumento valioso na mão de ardilosos.
    Há muito tempo assisti a esse filme e, até onde posso me lembrar, pelo menos um dos acusadores ilustrava bem isso.
    É bom lembrar que o ocorrido em Salem foi bem após a Idade Média, nos EUA puritano do séc. XVII (se não estou enganado).
    Eu tive a felicidade de visitar essa cidade. Ela é hoje um museu vivo, as casas foram mantidas como naquela época e guias vão de lugar em lugar explicando a história do local.
    Anne, gostei de seu texto!
    (o comentário é sincero, não é fruto de etiqueta de retribuição pelo que você postou em meu blog)

    Abraços!

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  2. meu nome é alexandre fogaça pereira e acho que os bruxos da religião wicca fez a deposição delas.por isso acho que são inimigos.

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